sexta-feira, 23 de julho de 2010

Machado de Assis e O fazendeiro de Deus

Quem observa o vento, nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará. (Ecl.11:4)

"Ao vencedor, as batatas!". Essa é, sem dúvida, a exclamação mais famosa de toda a extensa obra machadiana. Para explicar sua filosofia Humanitas a um amigo, Rubião, protagonista do livro Quincas Borba, faz uma analogia muito interessante. Ele alega que num duelo entre duas tribos famintas que almejam transpor uma montanha para alcançar uma plantação de batatas, uma deverá vencer a outra a fim de perpetuar a espécie. Não pode haver acordo entre elas, pois metade da plantação não seria suficiente para alimentar uma tribo inteira, e logo as duas pereceriam.
Lembrei-me dessa analogia quando assisti o inspirativo filme O fazendeiro de Deus. As batatas representam a sua fé. As tribos conflitantes representam os prós e os contras que surgem em meio a nossa jornada cotidiana, aproximando-nos ou afastando-nos dos nossos objetivos.
O mesmo Deus que operou tantas maravilhas no passado tem operado na contemporaneidade. Nossos olhos espirituais não devem estar fechados. Do mesmo modo, não devemos estar ansiosos por aquilo que há de vir (Mt.6:25). Ele é o nosso Castelo Forte, e só nEle encontramos a paz.

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